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  • Saúde Bucal: 10 Estratégias com PICO para Pesquisas Científicas de Sucesso

    Pico da montanha
    Pico da montanha

    Antes de começar nossa jornada científica de hoje, quero te convidar a imaginar algo… Você está no pé de uma grande montanha. Ela é alta, desafiadora, mas lá no topo está o que você mais procura: a resposta certa para um problema de saúde bucal. O caminho até lá? Você precisa de um guia. Um mapa. E é aí que entra o nosso tema de hoje: a estratégia PICO..

    O que é a Estratégia PICO?

    A estratégia PICO é uma metodologia utilizada para construir perguntas de pesquisa bem estruturadas, especialmente na área da saúde bucal. A sigla PICO representa:

    • P (Paciente, população ou problema): Quem é o paciente ou qual é o problema de interesse?
    • I (Intervenção ou exposição): Qual é a intervenção (ou exposição) que está sendo investigada?
    • C (Comparação): Há uma alternativa ou tratamento comparativo?
    • O (Outcome, ou desfecho): Qual é o resultado esperado da intervenção?

    Por que usar a estratégia PICO na Saúde Bucal?

    Na área da saúde bucal, o uso do modelo PICO é extremamente valioso, pois permite que dentistas, pesquisadores, estudantes e gestores formulem perguntas que realmente conduzem à prática baseada em evidência. As vantagens incluem:

    • Melhor definição do escopo da pesquisa.
    • Otimização da busca em bases de dados como PubMed e Cochrane Library
    • Direcionamento claro de revisões sistemáticas.
    • Suporte à tomada de decisão clínica.

    Aplicações práticas da estratégia PICO na saúde bucal

    A utilização do modelo PICO é de extrema importância na saúde bucal, pois contribui para a prática baseada em evidências por profissionais e estudantes. Essa estratégia é essencial para conduzir estudos e pesquisas relevantes e bem estruturadas nesse campo específico.

    Exemplo 1: Cárie dentária em crianças

    .

    • P: Crianças em idade escolar com risco de cárie
    • I: Uso de flúor em gel
    • C: Escovação com creme dental fluoretado
    • O: Redução na incidência de cáries

    Pergunta PICO: Em crianças em idade escolar com risco de cárie, o uso de flúor em gel é mais eficaz do que a escovação com creme dental fluoretado na redução da incidência de cáries?

    Exemplo 2: Tratamento periodontal em saúde bucal

    • P: Adultos com gengivite
    • I: Raspagem e alisamento radicular
    • C: Orientação de higiene bucal isolada
    • O: Redução do índice de placa e sangramento gengival

    Pergunta PICO: Em adultos com gengivite, o tratamento com raspagem e alisamento radicular é mais eficaz do que apenas a orientação de higiene bucal na redução do índice de placa e sangramento gengival?

    Exemplo 3: Lesões bucais em saúde bucal

    • P: Pacientes com aftas recorrentes
    • I: Bochechos com corticoide tópico
    • C: Bochechos com solução salina
    • O: Redução da dor e tempo de cicatrização

    Pergunta PICO: Em pacientes com aftas recorrentes, os bochechos com corticoide tópico são mais eficazes do que os bochechos com água salgada na redução da dor e no tempo de cicatrização?

    Exemplo 4: Acesso a serviços de saúde bucal

    • P: População adulta de baixa renda
    • I: Programas de saúde bucal da atenção primária
    • C: Ausência de programas regulares
    • O: Aumento no número de consultas odontológicas preventivas

    Pergunta PICO: Em adultos de baixa renda, a presença de programas de saúde bucal na atenção primária aumenta o número de consultas odontológicas preventivas em comparação à ausência desses programas?

    Dicas para formular boas perguntas de pesquisa com PICO em saúde bucal

    1. Seja específico: delimite claramente o grupo populacional e a intervenção.
    2. Evite termos genéricos: como “melhor”, “pior”, “eficiente” sem contextualização.
    3. Use a literatura existente: como exemplificado nas seções anteriores.
    4. Contextualize na prática clínica de saúde bucal: casos reais inspiram boas perguntas.

    Odontologia Baseada em Evidências: 8 reflexões para Atualizar sua PráticaVariações do PICO e saúde bucal

    • PICOT: inclui o Tempo como variável — útil em prognóstico ou intervenções de longo prazo.
    • PEO: ideal para estudos qualitativos — População, Exposição, Resultado.

    Considerações Finais sobre saúde bucal e PICO

    A estratégia PICO é mais do que uma técnica: é um modelo de pensamento científico. Na saúde bucal, seu uso tem impacto direto na qualidade das perguntas formuladas e, consequentemente, na efetividade das pesquisas e das decisões clínicas.

    Ao estruturar perguntas com base no PICO, o pesquisador se aproxima de uma prática baseada em evidências reais, relevantes e aplicáveis. Seja na odontologia clínica, na estomatologia, na ortodontia ou na saúde pública, essa ferramenta é um guia para subir — com segurança — o pico da boa pesquisa!

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    Aprenda 10 estratégias com a metodologia PICO para criar perguntas científicas de qualidade em saúde bucal. Veja exemplos práticos e aplique em sua pesquisa!

    Referências Bibliográficas

    • Huang X, Lin J, Demner-Fushman D. Evaluation of PICO as a knowledge representation for clinical questions. AMIA Annual Symposium Proceedings. 2006.
    • Stillwell SB, Fineout-Overholt E, Melnyk BM, Williamson KM. Asking the clinical question: A key step in evidence-based practice. Am J Nurs. 2010;110(3):58–61.
    • Straus SE, Glasziou P, Richardson WS, Haynes RB. Evidence-Based Medicine: How to Practice and Teach It. 5th ed. Elsevier; 2018.
    • Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions. Version 6.4, 2023.

    Quer mais dicas sobre pesquisa, saúde bucal e prática baseada em evidência? Acesse nossa página de conteúdos internos ou conheça mais no nosso guia completo de saúde bucal preventiva!

  • Qual é a Melhor Evidência para Saber se um Tratamento Funciona?

    Ensaio clínico randomizado
    Ensaio clínico randomizado

    No mundo da saúde, saber se um tratamento realmente funciona é essencial. Afinal, decisões baseadas em achismos podem colocar vidas em risco. Mas qual é a melhor evidência científica para comprovar que um medicamento ou terapia é eficaz?

    Para responder a essa pergunta com segurança, é preciso entender os diferentes tipos de estudos usados na ciência da saúde e, principalmente, identificar qual deles oferece a melhor evidência disponível. Neste artigo, você vai descobrir como isso funciona e por que os ensaios clínicos randomizados lideram essa hierarquia.


    O Que É Evidência Científica em Saúde?

    Evidência, em ciência, significa prova. Ou seja, dados confiáveis obtidos por meio de estudos bem conduzidos, que demonstram que uma intervenção realmente faz o que promete. Mas nem toda evidência tem o mesmo valor. Dependendo do tipo de estudo, a força da evidência pode ser fraca, moderada ou muito forte.


    Ensaio Clínico Randomizado: A Melhor Evidência

    O ensaio clínico randomizado (ECR) é considerado o padrão-ouro da evidência científica. Isso porque ele permite verificar, com segurança, se um tratamento realmente funciona.

    Nesse tipo de estudo:

    • Os participantes são divididos aleatoriamente em dois grupos (intervenção e controle).
    • Um grupo recebe o tratamento testado, o outro recebe placebo ou tratamento padrão.
    • Em muitos casos, nem os pesquisadores nem os participantes sabem quem está em qual grupo (duplo-cego).

    Esse modelo é o que mais reduz riscos de viés e confusão, gerando evidência sólida de causa e efeito.


    Por Que Confiar em Ensaios Clínicos?

    Entre todos os tipos de estudo, o ECR oferece a evidência mais confiável por motivos como:

    • Randomização, que equilibra as características dos grupos.
    • Cegamento, que evita influências subjetivas.
    • Controle rigoroso, que garante que a única diferença entre os grupos seja o tratamento.

    Por isso, as melhores evidências em saúde pública, medicamentos e terapias vêm, geralmente, de ensaios clínicos bem feitos.


    E Quando Não Dá Para Fazer um ECR?

    Mesmo sendo o melhor tipo de estudo em termos de evidência, o ECR nem sempre é viável. Em alguns casos, por questões éticas, financeiras ou logísticas, os pesquisadores precisam usar outros delineamentos, que fornecem evidências menos robustas, mas ainda úteis.


    Tipos de Estudo e Nível de Evidência

    Conheça agora os principais tipos de estudo e o nível de evidência associado a cada um:

    Nível de EvidênciaTipo de Estudo
    🔝 Muito forteRevisão sistemática e meta-análise de ECRs
    🥇 ForteEnsaio clínico randomizado (ECR)
    🟨 ModeradoEstudo de coorte
    ⚠️ FracoEstudo caso-controle
    ❌ Muito fracoSérie de casos / Relato de caso / Opinião expert

    Evidência na Prática Clínica

    Na prática clínica, é comum vermos profissionais se baseando em sua experiência pessoal ou na opinião de colegas. No entanto, a medicina baseada em evidências (MBE) propõe algo mais robusto: decisões clínicas guiadas pela melhor evidência científica disponível, associada à experiência do profissional e às preferências do paciente.

    Ou seja, a evidência científica é o alicerce para oferecer tratamentos mais eficazes, seguros e com melhores resultados.


    Onde Encontrar Boas Evidências?

    Quer começar a se aprofundar no mundo da evidência científica? Aqui vão algumas fontes confiáveis:

    Essas plataformas oferecem acesso a estudos de alta qualidade, incluindo ECR’s e revisões sistemáticas — as melhores formas de produzir evidência confiável.


    Conclusão: Quer Saber Se Funciona? Siga a Evidência!

    Se você está em dúvida sobre a eficácia de uma terapia, técnica, produto ou medicamento, confie na evidência. E, dentro do universo científico, as melhores evidências surgem dos ensaios clínicos randomizados e das revisões sistemáticas que os compilam.

    A ciência tem muito a oferecer — desde que saibamos onde buscar e como interpretar. Ao compreender os níveis de evidência, você se capacita para tomar decisões mais seguras, eficazes e éticas.


    Referências bibliográficas (ABNT ou padrão acadêmico)

    1. Guyatt, G.; Rennie, D.; Meade, M. O.; Cook, D. J.
      Users’ Guides to the Medical Literature: A Manual for Evidence-Based Clinical Practice. 3. ed. New York: McGraw-Hill Education, 2015. Livro clássico sobre medicina baseada em evidências, com explicações detalhadas sobre ECRs e hierarquia de evidência.
    2. Hulley, S. B.; Cummings, S. R.; Browner, W. S.; Grady, D.; Newman, T. B.
      Delineando a Pesquisa Clínica: uma abordagem epidemiológica. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. Guia completo sobre os tipos de estudo e seus níveis de confiabilidade.
    3. Sackett, D. L.; Rosenberg, W. M. C.; Gray, J. A. M.; Haynes, R. B.; Richardson, W. S.
      Evidence Based Medicine: What it is and what it isn’t. BMJ, v. 312, p. 71–72, 1996. Artigo clássico que define a medicina baseada em evidências.
      Disponível em: https://www.bmj.com/content/312/7023/71
    4. Brasil. Ministério da Saúde.
      Diretrizes Metodológicas: Elaboração de Revisão Sistemática e Meta-Análise de Ensaios Clínicos Randomizados. Brasília: Ministério da Saúde, 2021. Documento oficial com orientações para a produção de evidência científica no SUS.
      Acesso direto em PDF
    5. Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions.
      Version 6.3 (updated February 2022). Manual internacionalmente reconhecido para elaboração de revisões sistemáticas com base em ensaios clínicos.
      Disponível em: https://training.cochrane.org/handbook/current
    6. Centre for Evidence-Based Medicine (CEBM). University of Oxford.
      Levels of Evidence. Quadro oficial com a hierarquia dos níveis de evidência.
      Acesso em: https://www.cebm.ox.ac.uk/resources/levels-of-evidence
  • Odontologia Baseada em Evidências: 8 reflexões para Atualizar sua Prática

    Quantos dos tratamentos que você aplica na clínica realmente possuem comprovação científica? Você confiaria em um procedimento sem evidências sólidas? A Odontologia Baseada em Evidências (OBE) surgiu para eliminar essa dúvida e garantir tratamentos eficazes e seguros. Continue lendo e descubra como essa abordagem pode revolucionar sua prática clínica!


    A Odontologia Baseada em Evidências (OBE)

    A Odontologia Baseada em Evidências (OBE) tem revolucionado a prática odontológica ao garantir que tratamentos sejam fundamentados nas melhores evidências científicas disponíveis. Você já se perguntou quantos procedimentos são realizados diariamente sem comprovação robusta de eficácia? Descubra como a OBE pode transformar sua atuação e otimizar os resultados clínicos.

    🔗 Leia mais em: saudebaseadaemevidencias.org/odontologia-baseada-em-evidencias

    Odontologia Baseada em Evidências: Como Funciona e Por Que Adotá-la?

    A OBE é um modelo de tomada de decisão clínica que combina:

    • As melhores evidências científicas disponíveis, obtidas a partir de revisões sistemáticas, ensaios clínicos randomizados e metanálises. 
    • A experiência clínica do profissional, garantindo que a prática odontológica seja conduzida com base no conhecimento acumulado. 
    • As preferências e necessidades do paciente, tornando o atendimento mais humanizado e personalizado.

    Essa abordagem assegura que os tratamentos odontológicos sejam seguros, eficazes e atualizados, prevenindo a adoção de práticas desatualizadas ou sem comprovação científica.

    A Origem da Odontologia Baseada em Evidências

    A OBE tem suas raízes na evolução dos métodos científicos aplicados à saúde, sendo fortemente influenciada pela Medicina Baseada em Evidências (MBE). Formalizada nos anos 1990 na McMaster University, no Canadá, sob a liderança de Gordon Guyatt, buscava padronizar decisões clínicas com base em evidências científicas de alta qualidade.

    Três Avanços Científicos Que Revolucionaram a Odontologia Baseada em Evidências

    1. Desenvolvimento dos Ensaios Clínicos Randomizados (RCTs) Considerado um dos métodos mais confiáveis para avaliar a eficácia de tratamentos, o RCT foi introduzido em 1948 pelo estatístico inglês Bradford Hill, que conduziu uma pesquisa pioneira sobre o tratamento da tuberculose com estreptomicina.
    2. Surgimento da Meta-Análise A meta-análise é uma técnica estatística introduzida por Gene V. Glass em 1976, que permite a combinação de resultados de múltiplos estudos para gerar conclusões mais robustas sobre a eficácia de tratamentos. Antes de sua introdução, revisões narrativas eram subjetivas e vulneráveis a vieses, dificultando a avaliação real dos tratamentos.
    3. Desenvolvimento dos Estudos Meta-Epidemiológicos Os estudos meta-epidemiológicos avaliam a qualidade metodológica dos estudos incluídos em análises secundárias. Seu principal objetivo é identificar, quantificar e minimizar vieses, garantindo que as conclusões obtidas sejam mais confiáveis e aplicáveis à prática clínica. Os principais tipos de vieses analisados são: viés de publicação, viés de seleção, viés de mensuração, viés de confusão e viés de atrição.

    A Consolidação da odontologia baseada em evidências

    Com esses avanços, a OBE consolidou-se nos anos 2000, sendo incorporada aos currículos acadêmicos e guias clínicos da odontologia. Instituições como a Cochrane Collaboration passaram a promover Revisões Sistemáticas e a incentivar a adoção de práticas embasadas cientificamente.

    A Importância das Revisões Sistemáticas na Odontologia

    As revisões sistemáticas desempenham um papel essencial na avaliação de tratamentos odontológicos, garantindo que apenas práticas embasadas em ciência sejam aplicadas. Elas possibilitam:

    • Identificação de tratamentos ineficazes ou prejudiciais – Muitos procedimentos amplamente utilizados foram revisados e, em alguns casos, descontinuados por não apresentarem benefícios clínicos. 
    • Otimização dos recursos na saúde bucal – A OBE auxilia na alocação de investimentos em tratamentos que realmente fazem a diferença na vida das pessoas. 
    • Melhoria na segurança dos pacientes – Tratamentos embasados em evidências científicas reduzem riscos e garantem melhores resultados clínicos.

    A Colaboração Cochrane e a odontologia baseada em evidências

    A Cochrane Collaboration é uma organização internacional que produz revisões sistemáticas de alta qualidade para orientar a prática clínica. No Brasil, o Centro Cochrane do Brasil, fundado em 1996 e vinculado à UNIFESP, é um dos principais polos de pesquisa em saúde baseada em evidências.

    • Produção de revisões sistemáticas de alto rigor científico
    • Atualização constante das diretrizes clínicas 
    • Apoio na formulação de políticas públicas e diretrizes odontológicas

    Por Que Alguns Profissionais Demonstram Resistência às Revisões Sistemáticas?

    Apesar da sua importância, as Revisões Sistemáticas (RS) ainda enfrentam resistência de alguns profissionais. Entre os motivos dessa resistência, destacam-se:

    • Contrariam práticas tradicionais: Muitos tratamentos utilizados por anos foram descontinuados após a comprovação de sua ineficácia. 
    • Reduzem a influência da experiência individual: A OBE valoriza mais a ciência do que a opinião de especialistas isolados.
    • Demandam mudanças na prática clínica: Alguns profissionais sentem dificuldades em adaptar-se a novas diretrizes. 
    • Utilizam estatísticas complexas: Nem todos os profissionais estão familiarizados com metanálises e métodos de avaliação de evidências.

    O Impacto das Revisões Sistemáticas na Prática Clínica

    Com esses avanços, a OBE consolidou-se nos anos 2000, sendo incorporada aos currículos acadêmicos e guias clínicos da odontologia. Instituições como a Cochrane Collaboration passaram a promover Revisões Sistemáticas e a incentivar a adoção de práticas embasadas cientificamente.

    Com o crescimento da OBE, tornou-se evidente que muitas intervenções de saúde rotineiramente utilizadas não possuem evidências robustas de benefício ou podem causar malefícios. Isso reforça a necessidade de uma odontologia mais crítica e científica.

    📌 Descobertas das Revisões Sistemáticas: 

    • Tratamentos ineficazes foram identificados e descontinuados. 
    • Recursos financeiros e humanos foram otimizados. 
    • Diretrizes clínicas foram reformuladas, tornando os tratamentos mais eficazes e seguros.
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    Conclusão: A OBE é o Presente e Futuro da Odontologia

    A Odontologia Baseada em Evidências já é uma realidade e continua evoluindo com o avanço das pesquisas. Profissionais que adotam essa abordagem garantem um atendimento de qualidade, baseado nas melhores práticas científicas disponíveis.

    Se você quer se manter atualizado e oferecer os melhores tratamentos aos seus pacientes, a OBE deve ser parte essencial da sua prática clínica.


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    Referências bibliográficas


    1. Atallah, A. N., & Castro, A. A. (1998). A medicina baseada em evidências: nova abordagem para a prática clínica. Revista da Associação Médica Brasileira, 44(2), 93-96.
    2. Cochrane Collaboration. (n.d.). Cochrane Reviews. Retrieved from https://www.cochranelibrary.com/
    3. Ferreira, C. A., Loureiro, C. A. S., Saconato, H., & Atallah, A. N. (2011). Assessing the risk of bias in randomized controlled trials in the field of dentistry indexed in the Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) database. São Paulo Medical Journal, 129(2), 85–93. 
    4. Glass, G. V. (1976). Primary, secondary, and meta-analysis of research. Educational Researcher, 5(10), 3–8.
    5. ZINA, Lívia Guimarães    MOIMAZ, Suzely Adas Saliba. Odontologia baseada em evidênciaetapas e métodos de uma revisão sistemática.[]. , 48, 3, pp. 188-199. ISSN 1516-0939.
    6. Sackett, D. L., Rosenberg, W. M. C., Gray, J. A. M., Haynes, R. B., & Richardson, W. S. (1996). Evidence based medicine: what it is and what it isn’t. BMJ, 312(7023), 71-72.
    7. SAVOVIĆ, J et al. Empirical Evidence of Study Design Biases in Randomized Trials: Systematic Review of Meta-Epidemiological Studies. PLOS ONE, v. 11, n. 7, e0159267, 2016. 
    8. Yoshioka, A. (1998). “Use of randomisation in the Medical Research Council’s clinical trial of streptomycin in pulmonary tuberculosis in the 1940s.” BMJ, 317(7167), 1220-1223.
    FAQ – Perguntas Frequentes sobre Odontologia Baseada em Evidências (OBE)
    1. O que é a Odontologia Baseada em Evidências (OBE)?
    A OBE é uma abordagem científica que integra as melhores evidências disponíveis, a experiência clínica do profissional e as necessidades e preferências do paciente para tomar decisões odontológicas mais seguras e eficazes.
    2. Por que a OBE é importante para a prática clínica?
    Ela ajuda a eliminar tratamentos ineficazes, reduz riscos ao paciente, otimiza recursos na saúde bucal e melhora a previsibilidade dos procedimentos, garantindo que apenas abordagens comprovadamente eficazes sejam aplicadas.
    3. Como a OBE impacta os tratamentos odontológicos tradicionais?
    A OBE avalia criticamente práticas comuns e pode indicar que alguns tratamentos amplamente utilizados não possuem comprovação científica suficiente ou podem ser prejudiciais, incentivando a adoção de novas diretrizes baseadas em evidências.
    4. Quais são os pilares da Odontologia Baseada em Evidências?
    Evidências científicas de qualidade, obtidas por meio de revisões sistemáticas, ensaios clínicos randomizados e metanálises.
    Experiência clínica do profissional, aplicada na personalização do tratamento.
    Preferências e valores do paciente, garantindo um atendimento mais humanizado.
    5. O que são Ensaios Clínicos Randomizados (RCTs) e por que são importantes?
    Os RCTs (Randomized Controlled Trials) são estudos que comparam diferentes tratamentos de maneira rigorosa, garantindo que os resultados sejam confiáveis. São considerados o padrão-ouro para testar a eficácia de procedimentos odontológicos.
    6. Qual o papel da meta-análise na OBE?
    A meta-análise é uma técnica estatística que combina resultados de diversos estudos para gerar uma conclusão mais robusta sobre a eficácia de um tratamento. Isso aumenta a confiabilidade das recomendações clínicas.
    7. O que são estudos meta-epidemiológicos e como eles minimizam viés?
    Os estudos meta-epidemiológicos avaliam a qualidade dos estudos primários, identificando e corrigindo fatores que possam comprometer os resultados, como viés de seleção, viés de publicação e viés de mensuração.
    8. Qual a importância da Cochrane Collaboration para a OBE?
    A Cochrane Collaboration é uma organização global que produz revisões sistemáticas de alta qualidade para orientar a prática clínica. No Brasil, o Centro Cochrane do Brasil, vinculado à UNIFESP, é um dos principais polos de pesquisa nessa área.
    9. Por que alguns profissionais resistem à adoção da OBE?
    Alguns tratamentos tradicionais foram descontinuados por falta de comprovação científica.
    Exige atualização constante e mudanças na prática clínica.
    Usa estatísticas e metodologias que nem todos os profissionais dominam.
    Pode reduzir o peso da experiência individual em relação à tomada de decisões clínicas.
    10. Como a OBE influencia a formulação de políticas públicas em saúde bucal?
    As revisões sistemáticas da Cochrane e outras organizações ajudam a embasar políticas de saúde, garantindo que investimentos sejam direcionados para tratamentos eficazes, reduzindo desperdícios e melhorando a qualidade do atendimento odontológico.
    11. Como posso aplicar a OBE na minha rotina clínica?
    Buscando atualizações científicas regulares em bases de dados confiáveis, como Cochrane Library e PubMed.
    Seguindo diretrizes clínicas baseadas em evidências atualizadas.
    Participando de cursos e treinamentos sobre Medicina e Odontologia Baseada em Evidências.
    Utilizando protocolos clínicos embasados em ensaios clínicos e revisões sistemáticas.
    12. Quais são as principais fontes para encontrar evidências científicas confiáveis?
    Cochrane Library (www.cochranelibrary.com)
    PubMed (www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed)
    Scielo (www.scielo.org)
    National Institute for Health and Care Excellence (NICE)
    13. Como a OBE pode beneficiar diretamente o paciente?
    Ao adotar tratamentos embasados em evidências, o paciente recebe procedimentos mais seguros, eficazes e previsíveis, reduzindo o risco de complicações e aumentando as chances de sucesso do tratamento odontológico.
    14. Como convencer um paciente da importância de tratamentos baseados em evidências?
    Explique de forma clara e objetiva que as decisões são baseadas nas melhores pesquisas científicas disponíveis, garantindo um tratamento com maior probabilidade de sucesso e menos riscos.
    15. A OBE é apenas uma tendência ou veio para ficar?
    A Odontologia Baseada em Evidências é o futuro da odontologia moderna. Sua aplicação continua crescendo e sendo incorporada aos currículos acadêmicos, guias clínicos e políticas públicas, tornando-se essencial para a prática clínica atual e futura.
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